Estamos em 2012 e surge um filme chamado John Carter protagonizado por Taylor Kitsch, uma espécie de novo super-herói arquétipo, um corpo bem moldado que denuncia pouca esperteza.
O filme é realizado por Andrew Stanton que vem do mundo da animação, proposta interessante para realizador que podia trazer uma lufada de ar fresco a um género épico que se parece repetir constantemente. No entanto, o homem que esteve por trás de filmes como Wall-E e jogando com um estilo altamente iconográfico perde-se desta vez em John Carter em algo saturado de clichés estilísticos.
John Carter aparece assim como um filme impaciente, no mau sentido, em que a necessidade de vomitar informação supera de longe a forma como esta é transmitida e assim tudo se passa demasiado rápido para nós podermos envolver com a realidade fantástica que Marte potencia.
O resto do filme é previsível, diálogos absurdos, não trazendo absolutamente nada de novo em que a única coisa que safa é o espectáculo proporcionado por um excelente trabalho de efeitos visuais.
Vivemos numa era em que está mais do que provado que os CGI são capazes de feitos extraordinários, mas que são recorrentemente desperdiçados em filmes que os aplicam de uma forma irrelevante. John Carter não se destaca porque insiste em ceder a clichés estilísticos e narrativos.